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INF.: 381/ADM/ABR/2022 – DANOS NO CANAL DE LANÇAMENTO DA REDE DE DRENAGEM PLUVIAL: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER A RESPEITO

Infelizmente, há alguns meses, detectamos um dano em uma estrutura do canal de lançamento da bacia de contenção.

 

Imagens de satélite. Em amarelo, toda a parte formada por gabião, na bacia de contenção e no canal de lançamento. Em vermelho, o local aproximado do dano.

 

Em resumo, temos um dano em um trecho de vinte metros, dos 880 metros do canal, em uma área muito rochosa. O problema precisa de intervenção, e algumas ações preventivas já foram iniciadas. As corretivas estão em estudo, para que sejam implementadas, tão logo cessem todas as chuvas e o projeto esteja concluído.

 

Em destaque, as áreas que receberam obras do Plano de Recuperação de Área Degradada, e, em vermelho, o ponto onde houve ruptura de um dos gabiões, no canal de lançamento. Um dano localizado em uma área de 54m², em uma obra de 935.000m² (área do PRAD).

 

Abaixo, traremos uma descrição completa do que ocorreu, das ações necessárias, e mais algumas informações importantes sobre o sistema de drenagem pluvial.

 

1 – O QUE OCORREU?

 

 

Houve a queda de uma parede da escada de gabião, em um trecho de 20 metros, no canal de lançamento da bacia de contenção, que tem 880 metros de comprimento. O gabião é uma espécie de colchão, formado por rochas, dentro de telas de arame, que determinam seu formato e impedem que as rochas se desloquem. Essas estruturas são empilhadas umas sobre as outras, e servem para reduzir a velocidade da água, mesmo em trechos de declive muito acentuado. Assim, a água não corre diretamente sobre o solo, criando erosão.

 

2 – POR QUE NÃO ACIONAMOS A EMPRESA EXECUTORA PARA ARCAR COM O REPARO?

Para responder a essa pergunta, precisamos primeiro contextualizar o que aconteceu, durante a fase de execução.

Durante as obras do canal de lançamento, foi localizado um trecho, de cerca de 100 metros, muito rochoso, e que impediu a escavação para que o canal, em gabião, pudesse ser instalado. Deparamo-nos com uma situação não planejada.

 

Gustavo Jardim, engenheiro responsável pela governança da obra, explica o problema no canal de lançamento, durante o Café com Informação, realizado em 09 de abril.

 

Diante do quadro, foi realizada uma reunião entre as empresas responsáveis pelo projeto, pela execução das obras, pela fiscalização e pela governança da obra. Os profissionais especialistas passaram então a buscar uma solução viável para a questão.

Havia três opções, à época:

Plano A, assentar o gabião sobre a rocha: opção mais simples,  sem alterar os custos.

Plano B, construir uma estrutura mais robusta, com custo mais elevado, e que dependia da aprovação de um aditivo ao contrato, visto não fazer parte do orçamento original.

E, por fim, o plano C, remover as rochas, com alto custo e complexidade. Essa opção também demandaria uma nova contratação.

Tendo em vista que a remoção das rochas seria uma operação extremamente cara e perigosa, em uma Área de Proteção Ambiental e de difícil acesso, os técnicos chegaram à conclusão de que seria possível assentar o gabião sobre as rochas, apenas neste trecho de alta declividade, em vez de enterrá-lo.

O plano A, tecnicamente, parecia ser suficiente, na opinião de todos os engenheiros envolvidos, evitando impactar nos custos da obra. Foi, portanto, uma decisão colegiada, tomada por todos os profissionais envolvidos, tecnicamente muito bem preparados, e que conhecem a nossa realidade.

 

Registro da construção da escada de gabião, localizada entre a Bacia de Contenção e o Córrego Taboquinha.

 

Entretanto, a estrutura, sem as proteções laterais exercidas pelo solo, não se mostrou forte o suficiente e, durante o período de chuvas intensas, a força das águas desbarrancou um pequeno trecho da parede. Parte da água passou, então, a correr por fora do canal.

Assim, acionamos a construtora responsável pela execução da obra, que avaliou o dano e declarou não se tratar de sua responsabilidade, já que ela executou a obra conforme a orientação dos demais profissionais, que haviam analisado a situação, e que cumpriu o acordo, que era executar a solução mais simples.

 

3 – O QUE SERÁ FEITO ENTÃO?

Diante dessa situação, teremos que partir para uma solução mais robusta. A empresa projetista apresentou uma proposta de readequação do canal, que seria a impermeabilização de toda a estrutura do canal, utilizando uma camada de concreto. Após análise, juntamente com os técnicos envolvidos na obra, concluiu-se que essa não seria a solução com a melhor relação custo-benefício. Assim sendo, buscamos novas soluções no mercado, entre as empresas especializadas, e decidimos contratar um outro projetista, que proponha uma solução alternativa, trazendo maior segurança para a comunidade.

Adicionalmente, temos um trabalho de prevenção em andamento, para dar mais estabilidade à estrutura. Este consiste na construção de taludes, nas duas laterais do trecho de 100 metros, que está sobre o leito rochoso, utilizando uma técnica chamada Rip Rap, em que se usam sacos especiais, cheios de terra. Taludes são aterros, com superfícies inclinadas, que reforçarão as paredes do canal de lançamento.

 

DNIT executando proteção de talude com a técnica de Rip Rap (sacos de terra), na BR-381 – MG. A técnica é muito usada pela construção civil, em superfícies inclinadas.

 

Posteriormente, serão plantadas árvores e grama. O condomínio havia recebido uma doação de cerca de 500 caminhões de terra, de excelente qualidade, com características impermeáveis, que foram dispostos no final das quadras 03 e 04, para uso futuro. É esta terra que está sendo utilizada no trabalho, reduzindo ainda mais os custos com a construção dessas estruturas.

 

4 – HÁ PREJUÍZO PARA O CONDOMÍNIO?

O condomínio terá que fazer o reparo, e, para isso, estamos orçando o projeto de reparo e execução do trabalho. É preciso analisar, com atenção, dois fatos, descritos abaixo, antes de considerar que a totalidade do gasto a ser realizado se traduz em prejuízos ao Estância.

O primeiro, que, apesar do que consta como previsto em contrato, apenas o que é executado é, de fato, pago. Se havia a previsão de escavar os 880 metros do canal de lançamento, e um trecho de 100 metros não foi escavado, nós pagamos apenas pela escavação dos 780 metros. E, como a construção desses taludes não estava prevista em contrato, e não foram executados à época, não estão incluídos no valor pago pela obra. E eles estão se mostrando importantes neste momento.

O segundo fato relevante é que, se durante a construção, nós tivéssemos incluído os taludes, em um aditivo ao contrato, ou alterado o projeto do canal para usar outra técnica, como o concreto, todas as despesas adicionais teriam que ser pagas por meio de aditivos.

Portanto, o que será gasto agora, é o que não foi gasto a mais, com aditivos, quando da execução do projeto.

 

5 – SE O PROBLEMA JÁ ERA CONHECIDO, POR QUE SÓ ESTAMOS FALANDO DISSO AGORA?

A queda do trecho do gabião foi identificada ainda em novembro, e medidas de emergência foram tomadas, de imediato, enquanto aguardamos a solução definitiva, que virá por meio do projeto de reparo, que deve ser executado no próximo período de estiagem.

Estamos monitorando, de perto, desde que o dano foi detectado. No entanto, a região tem grande declividade, e, no período de fortes chuvas, uma intervenção representa risco de graves acidentes aos trabalhadores.

Nosso objetivo era entender as causas e traçar um plano para resolver o problema, de forma definitiva, para, então, informar a comunidade.

 

Fase de construção do canal de lançamento. A grande declividade do terreno traz riscos à segurança no período de chuvas.

 

6 – VOLTANDO ÀS CAUSAS DO PROBLEMA, NÃO FOI FEITA SONDAGEM DO SOLO?

Segundo a empresa responsável pelo projeto, todas as sondagens foram realizadas conforme a norma determina.

A NBR 8036 estabelece o número mínimo de pontos de sondagem do solo, como sendo de uma amostra, a cada 400 metros quadrados, a depender do tamanho da área em estudo.

Isso garante que a sondagem tenha um nível de confiabilidade adequado, sem prejudicar os custos ou os prazos de uma obra de grande porte.

 

Amostras de solo, coletadas a partir de uma sondagem. Norma determina a quantidade mínima de pontos de sondagem, a depender do tamanho da obra, em metros quadrados.

 

Apesar da realização da sondagem, não existe garantia de que não possa existir algo diferente entre um ponto de amostra e outro, conforme explicou Vinícius Ribeiro, membro da Comissão Permanente de Obras, no Café com Informação, realizado no dia 09 de abril de 2022:

 

 

7 – SE A SONDAGEM APONTASSE A PRESENÇA DE ROCHAS, O CANAL TERIA SIDO FEITO EM OUTRO LOCAL?

Apesar da importância da sondagem, a decisão de fazer o canal ali não partiu apenas de um estudo do solo, e sim do fato de aquele caminho ser, justamente, o caminho natural da água no terreno, como mostra esta comparação de imagens de satélite, tiradas em 2019 e 2021.

 

 

Acima, vemos a voçoroca, erosão causada pela água, cuja recuperação deu origem às obras de infraestrutura no condomínio (2019); e o canal de lançamento, construído (2021). Note que o canal segue o mesmo caminho da erosão.

 

8 – A OBRA É DE BAIXA QUALIDADE? FALTOU FISCALIZAÇÃO?

Não! Além de executada por empresa bem avaliada no mercado, ela foi gerida e fiscalizada por profissionais capacitados, que conhecem a nossa realidade e que avaliaram cada etapa concluída. Todos os relatórios de vistoria estão disponíveis para consulta, na Administração. Além dessas etapas internas, nossa obra também foi fiscalizada pela engenharia da Novacap, e o resultado das avaliações, em todos os casos, foi excelente!

 

Técnicos da Novacap, fazendo a análise laboratorial de cada etapa da obra

 

Estamos falando de uma obra realizada em uma área de mais de 935 mil metros quadrados, que inclui enormes galerias pluviais. Deste total, um trecho equivalente a 0,006% apresentou falha.

 

Etapas da construção da rede de drenagem. Uma obra de grande porte, cuja qualidade é reconhecida pelos órgãos de fiscalização.

 

9 – AFINAL, QUANTO VAI CUSTAR?

Ainda não sabemos, pois, todas as opções estão sendo orçadas. Assim como foi feito durante a obra, escolheremos a opção que apresente o melhor custo em relação ao resultado, garantindo a qualidade e mantendo extrema responsabilidade com os gastos.

Todos nós nos esforçamos para arcar com o pagamento da taxa extra, enquanto também cuidamos do orçamento de nossos lares. E é por isto que nenhuma ação é tomada sem extensa avaliação, para que não haja desperdícios. Muito em breve, apresentaremos os resultados dos estudos, e os orçamentos para o projeto de reparo.

Reforçamos nosso compromisso com a máxima transparência e responsabilidade!

1 Comentário

  1. Marcos Orlando Menezes Ferreira disse:

    Como morador e proprietário de uma casa no Condomínio Estância Quintas da Alvorada ao ler esse informativo postado pela administração me sinto totalmente confortável para concordar com todos os esclarecimentos prestados de forma cristalina que a ADM fez nesse relato, por meio de informativo, e me coloco à disposição. Parabéns pelo exitoso trabalho, que vem sendo realizado. Criticar é muito fácil, mas se envolver poucos querem!!!

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