Estamos chegando ao fim do mandato nos próximos dias, que é fruto da confiança e da esperança depositada por muitos, que acreditaram na continuidade do trabalho assumido por nós, lá no passado, de mudar a realidade do nosso condomínio, antes conhecido pela ilegalidade e pelo desrespeito às decisões judiciais, e pela recomendação de erradicação emitida pelo Ministério Público e, hoje, publicamente defendido pelos órgãos do Governo do Distrito Federal como passível de regularização.

Alguns reclamam da demora que este caminho da legalidade impõe. Mas os resultados vieram. Resultados outrora inimagináveis! Conquistas que sabíamos que eram impossíveis, tornaram-se realidade. Alguns acham que é questão de direito, que é só pedir. Não! Não se trata nem mesmo de direito! Ainda somos um condomínio que não faz parte do PDOT, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial Urbano, e que só fará parte dele após a aprovação do Projeto de Lei Complementar que lhe dá origem.

Não se trata de pedir, pois a resposta será um “não”. Trata-se de construir um caminho que nos permita receber um “sim”!Entender quando será o momento certo de pedir, e aí, sim, tendo certeza do que foi construído, fazer a solicitação. Foi assim que nosso condomínio mudou o entendimento das autoridades públicas, de que a única forma de consertar os danos ambientais era a nossa remoção, para o entendimento de que era necessário prover infraestrutura mínima para que a nossa presença não representasse mais risco!

Esse “sim” foi construído para a primeira fase das obras de infraestrutura, que hoje já é realidade, e que cobre 42% do condomínio. E já construímos vários outros “sim” para a segunda fase dessa obra, nos 58% restantes, avançando cada vez mais para a obtenção das licenças ambientais. Apesar dos revezes impostos por condôminos, com interesses diversos da maioria, estamos avançando!

Em 2021, primeiro ano da nossa gestão, recebemos, do IBRAM, o Termo de Referência para elaboração do Plano de Controle Ambiental de Obras (PCAO), para a próxima fase das obras de drenagem pluvial. E, através de um projeto bem elaborado, conseguimos que a ADASA autorizasse a abertura de novos poços, atendendo à demanda da nova rede de distribuição de água potável, mesmo em períodos de estiagem! Aliás, falando em projetos, naquele ano também elaboramos e aprovamos o novo projeto paisagístico, que guiará o Estância para o futuro que tanto desejamos, desde agora. E também entregamos o projeto da via marginal ao DER, que agora está integrado à duplicação da DF-001, ciclovia e acessos.

Temos, ainda,o Termo de Compromisso com a Terracap, construído também em 2021, que finalmente reconheceu nossas dificuldades com a ausência de infraestrutura instalada! Diferentemente dos outros condomínios que também celebraram esses acordos, o nosso vai considerar não apenas o que estiver pronto na data da assinatura, mas também o que estiver em construção e o que estiver contratado, mesmo que ainda não tenha entrado em execução! Ou seja, ninguém terá que renunciar ao direito de ter toda a infraestrutura, e a valorização decorrente dela, descontadas do valor dos seus lotes, no momento da regularização.

Agora, estamos executando a instalação do novo sistema de geração de energia solar, inteiramente financiado com parte dos recursos que seriam pagos à Neoenergia, e que estavam depositados em juízo, após longa negociação que reduziu em 53% os valores retroativos cobrados por ela!Duas conquistas que trazem economia: menos gastos com bombeamento de água e funcionamento do prédio da Administração, portaria e áreas comuns, e redução no uso dos recursos naturais!

No campo jurídico, mais a comemorar:obtivemos decisão, em primeira instância, pela extinção da Ação de Intervenção, que foi utilizada ao longo dos anos para tentar impor retrocessos a qualquer avanço do nosso condomínio, mesmo aqueles devidamente autorizados pelo Poder Público, e também conseguimos a extinção da ação que cobrava 149 milhões de reais do condomínio, em uma disputa entre supostos proprietários da área. Na Ação Civil Pública, movida desde 1994, conseguimos realizar o pagamento de todos os valores remanescentes, deixando mais um fantasma do passado para trás.

E, para fechar a nossa gestão, entregamos todos os estudos ambientais solicitados pelo Instituto Brasília Ambiental, permitindo dar continuidade ao licenciamento para as obras nos 58% restantes do condomínio.

Nada foi fácil, mas tudo foi possível! Temos a confiança que o novo corpo administrativo eleito, no último sábado, terá os pés no chão, encarando a realidade de que – novamente! – nada é fácil, mas é possível! De que não existem promessas fáceis, mas construções complexas. No sábado, tivemos a segunda maior participação em assembleias da história do Estância. Foram 935 condôminos, que expressaram a sua vontade, por meio do voto. 641 deles, decidiram prosseguir nesse caminho da legalidade estrita!

Agradecemos imensamente a todos pela confiança! Agradecemos aos conselheiros fiscais, consultivos e aos membros da Comissão Permanente de Obras. Aos colaboradores, aos consultores, prestadores de serviço, e a todos que nos auxiliaram!

Cada passo contou nessa caminhada! E cada passo continuará contando! Afinal, SOMOS TODOS ESTÂNCIA!!!

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