Publicamos, no dia 15 de junho, o edital para a nossa primeira Assembleia Geral Extraordinária, do ano de 2020, que também será a nossa primeira experiência em realizar uma reunião de condomínio, por meio virtual (saiba mais, clicando aqui). Como comentamos no informativo anterior, temos um desafio à frente: garantir que, mesmo sem uma reunião presencial, estejamos todos bem informados para tomar decisões, que têm impacto sobre o andamento da execução da obra de urbanização, que tanto sonhamos, e pela qual tanto lutamos, atualmente, restrita à área do PRAD.

 

Conforme explicado na AGE 02/2019 (relembre, clicando aqui), que apreciou as propostas e autorizou a contratação da empresa responsável pela execução do trabalho, há hipóteses que justificam a alteração nos valores anteriormente definidos, como o aumento do preço dos insumos, variação cambial, alteração do projeto executivo original, entre outros, e que, em todos os casos, deverão ser apreciadas em assembleia. E é exatamente o que estamos fazendo agora, diante da proposta de um aditivo, no valor de R$ 3.401.549,91 (três milhões, quatrocentos e um mil, quinhentos e quarenta e nove reais, e noventa e um centavos), sobre o valor de R$ 17.154.508,72, anteriormente contratado, totalizando, então, R$ 20.556.058,63 (vinte milhões, quinhentos e cinquenta e seis mil, cinquenta e oito reais e sessenta e três centavos ).

 

 

É importante frisar que a decisão pela aprovação do aditivo não significa aumento no valor da taxa extra, visto que estamos arrecadando o valor global da obra para todo o EQA, que ainda não foi contratada porque ainda não há autorização, além do PRAD, para obras no restante do EQA.

 

Abaixo, consideramos as quatro alterações necessárias, no valor contratado.

 

MUDANÇAS NA BACIA DE CONTENÇÃO

Originalmente, nosso projeto previa duas grandes bacias. A primeira recebia toda a água das tubulações, provenientes das ruas, e direcionava para uma segunda, mais abaixo. Esta última, desaguava, através de um tubo, no córrego Taboquinha, aproveitando a erosão já existente.

 

Foram realizados estudos no solo, conforme estabelecido em norma, que foram acompanhados e aprovados pela Novacap e pelo Ibram. Porém, durante a execução, foi encontrado um solo arenoso e uma grande concentração de rochas, na área das bacias, cuja remoção é absolutamente inviável. Assim, foi necessária a alteração do projeto da bacia e do lançamento dessas águas.

 

 

A solução para a construção da bacia, agora, utiliza um método construtivo chamado Gabião, mais moderno, ambientalmente seguro em relação às antigas bacias com paredes de terra (importante, visto que somos responsáveis por qualquer novo dano ambiental!), e que é a solução apropriada, do ponto de vista técnico, para o tipo de solo que temos.

 

 

Gabiões são estruturas armadas, compostas por gaiolas de aço galvanizado, preenchidas com rochas. Por isto, são flexíveis e muito resistentes. Existem Gabiões na forma de saco, de caixa e de colchão, apropriados para diferentes aplicações. São feitos de maneira artesanal, por pessoal altamente capacitado, e, por isto, demandam mais tempo e recursos, mas apresentam vantagens: além de aumentar a durabilidade da bacia, os Gabiões ajudam a reduzir a velocidade da água que corre sobre eles.

 

A nova bacia, agora, fica posicionada mais abaixo, e isto exige reposicionar as tubulações que a alimentam. Apesar da mudança no projeto, sua capacidade de armazenamento é igual à soma das duas bacias anteriores, atendendo às exigências do órgão ambiental. A função de uma bacia é, principalmente, armazenar o grande volume de água de uma chuva e permitir que ele seja lançado, durante um longo período, de forma constante, sem provocar danos ou riscos ao córrego, onde essas águas são lançadas. Temos uma Outorga, da Adasa, para este lançamento, que foi alterado para uma estrutura aberta, em escada, feita também com Gabiões (foto abaixo). Para a instalação da tubulação, conforme previsto no projeto anterior, seria necessário desmatar uma área que, atualmente, está com considerável cobertura vegetal, com riscos muito maiores de termos problemas de execução e com os órgãos ambientais.

 

Exemplo de escada em gabião

 

Outro problema decorrente do tipo do solo encontrado nas escavações, e que tem reflexos sobre os custos de execução, é a impossibilidade de utilizar a terra removida da construção da bacia para o aterro da voçoroca, como inicialmente planejado, já que ela é de baixa qualidade. Será necessário adquirir a terra apropriada, de um fornecedor externo.

 

Com todas essas mudanças, o custo de execução da parte de captação e lançamento de águas pluviais foi acrescido em R$ 3.200.790,91.

 

ASFALTO

Por exigência do Poder Público, a capa asfáltica das vias principais deverá possuir 7,5 centímetros de espessura, enquanto as vias de acesso secundárias, 5 centímetros, que são maiores do que as originalmente orçadas. Desta forma, a avenida da quadra 2 deverá receber uma camada de 3,75 centímetros, nesta primeira fase e, ao final, uma nova camada de 3,75 centímetros, visto que não é tecnicamente possível realiza-lo, com essa espessura, em uma única etapa. No entanto, o orçamento original previa uma extensão, de vias de acesso secundário, de 1.140 metros. Porém, constatou-se que essa extensão, na verdade, mede 680 metros, o que resultou em um impacto muito menor na proposta de aditivo, graças ao desconto dessa diferença. Elas totalizam um acréscimo, no valor de R$ 200.759,00.

 

Exemplo de compactação da capa de asfalto

 

OUTRAS EMPRESAS TAMBÉM APRESENTARAM PROPOSTAS

Diante da necessidade de adequação da execução e dos custos da obra, emitimos a Carta Convite 5/2020, às empresas com capacidade técnica e experiência conhecidas, critério também adotado anteriormente, na fase de escolha das propostas para a execução das obras do PRAD. O resultado desta consulta resultou nas cinco propostas abaixo. Uma segunda rodada de propostas foi então realizada, com um pedido para que as empresas revisassem o valor apresentado, garantindo que, pelo menos, 75% da bacia, canal de lançamento e recomposição da erosão, sejam executados ainda este ano, antes do período das chuvas. Apenas a Conterc, que já havia apresentado o menor valor na primeira rodada, entregou nova proposta, contemplando uma redução do valor, dentro do prazo estabelecido, sendo, portanto, a única qualificada.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de onerosas, as mudanças no projeto foram necessárias para melhorar a qualidade da obra, evitar riscos futuros de rompimento das barragens de terra, dentre outros, e garantir a realização dos projetos, conforme aprovados nos órgãos competentes. O uso de capas de asfalto mais grossas, por exemplo, aumenta a resistência ao tráfego, inclusive de caminhões pesados, reduzindo sua necessidade de manutenções futuras. Tem dúvidas? Envie suas perguntas, pelo whatsapp da nossa Lista de Transmissão (61 9 9931-2241). Elas serão respondidas em um novo informativo.