No informativo anterior (LEIA AQUI), apresentamos as contas referentes à taxa ordinária do ano de 2022, que serão apreciadas em nossa Assembleia Geral Ordinária. Agora, apresentamos o Plano de Trabalho para o ano de 2023, que inclui toda a previsão orçamentária.
Para estabelecer um planejamento de gastos realista, consideramos tanto a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), acumulado do ano de 2022, para corrigir a tabela de gastos, quanto a previsão de inadimplência para o ano de 2023, para corrigir as expectativas de receita ordinária.
A tabela acima apresenta a proposta de execução orçamentária para o ano de 2023. No item Pessoal, há apenas as correções no valor em relação ao ano de 2022, em virtude de reajustes exigidos pelo sindicato, de 6,5% nos salários, e de R$ 1,50 no auxílio alimentação. Para a Diretoria, não houve reajuste, e, para as demais despesas, houve atualização, pelo IPCA acumulado de 2022, de 5,79%.
IMPLEMENTAÇÕES ADICIONAIS
Abaixo, o detalhamento das realizações previstas para o ano corrente:
Parte dessas despesas já está em execução, como a implantação da energia solar. A instalação das câmeras, aprovada na AGE 01/2022, foi adiada por falta de recursos, diante da necessidade de desembolsos de grande valor, como a cobrança retroativa da CEB Neoenergia (LEIA AQUI), e está prevista para o ano de 2023. Outras implementações, como a construção de estruturas para telhados que permitam a instalação das placas solares, já estão sendo contratadas e terão início imediato.
Diante deste cenário, a Administração está levando três propostas de aumento da taxa ordinária para apreciação em assembleia. A primeira, ideal, tem o valor de R$ 550,00 (R$ 100,00 a mais do praticado atualmente), e permite realizar todo o planejamento orçamentário. A segunda, de R$ 520,00 (R$ 70 de reajuste), exigirá cortes na execução prevista, para compensar a diferença de arrecadação líquida de R$ 539 mil. E a terceira, de R$ 500,00 (R$ 50,00 acima do praticado atualmente) representa uma arrecadação líquida R$ 899 mil menor que a proposta ideal.
Infelizmente, não é viável deixar de reajustar a taxa por mais um ano. Em 2022, não houve reajuste por conta da proposta de alterações na taxa extraordinária, a ser votada na AGE 01/2022, e que foi impedida por força de Liminar (LEIA AQUI). Somando a inflação acumulada dos dois anos, chegamos a 15,85%, índice que impacta todos os custos de produtos e serviços contratados.
Para 2023, também temos a obrigação de reajustar os salários dos nossos colaboradores, por determinação em convenção coletiva, em 6,5%. Considerando a inflação de 2022, de 5,79%, e o reajuste sobre a folha de pagamento, falamos em um aumento previsto de R$ 695 mil sobre os valores com pessoal, contratos, despesas administrativas e financeiras, manutenções, serviços, e aquisição de imobilizado, executados em 2022.
Não há proposta de aumento dos valores dos pró-labores da diretoria, permanecendo congelados, tal qual ocorre desde 2010.
RECEITAS, CRÉDITOS E SALDOS
Acima, temos um resumo das receitas previstas para o ano de 2023, conforme cada uma das três propostas de reajuste da taxa ordinária. A taxa ordinária líquida é a diferença entre a arrecadação total nos 12 meses, equivalente a 100% das 1.959 unidades contribuintes, a expectativa de inadimplência, de 15%, e o desconto de pontualidade.
A receita ordinária necessária leva em conta o total das despesas ordinárias e também das implementações adicionais.
Déficit do Período é a diferença entre a receita necessária e a taxa ordinária líquida.
A tabela ainda considera o somatório da arrecadação, valores em caixa, recebimentos de inadimplentes atuais, e a restituição do depósito judicial à CEB Neoenergia, para compor os valores que estarão, de fato, disponíveis. A diferença entre o somatório das receitas e das despesas é apresentada ao final da tabela, sendo positivo apenas no cenário de uma taxa de R$ 550,00.
Em 2022, para cobrir o déficit do período, sem alterar o valor das taxas ordinárias, tínhamos o crédito acumulado de R$ 1.264.438,76, em cobrança dos condôminos inadimplentes, e um saldo em conta corrente, excluído o Fundo de Reserva, de R$ 4.447.196,94. Já em 2023, o crédito ordinário a recuperar é de R$ 1.355.561,20, e o saldo em caixa é de R$ 1.298.343,74.
*FR – Fundo de Reserva
CORTES DE GASTOS
Alguns condôminos pediram que a possibilidade de cortes nos custos fosse avaliada, como forma de reduzir a necessidade de reajustes no valor da taxa ordinária.
Entre as sugestões, está a redução do quantitativo de funcionários de campo, fechando as hortas, e a compra de uma pá carregadeira.Cada um desses funcionários, entre salário base, encargos, alimentação, transporte, seguro de vida (obrigatório segundo a Convenção de Trabalho) e a provisão mensal para férias e 13º, representa R$ 3.790,73 ao mês. Em um ano, são R$ 45.488,76.
Fechando as hortas, seriapossível, de fato, dispensar um funcionário. Não haveria outra economia relativa a elas, visto que o adubo utilizado geralmente é doado por outras chácaras, e as sementes e defensivos, como o óleo de Nim, representam um custo eventual muito pequeno. Quanto à compra de uma máquina retroescavadeira, não traria economia na folha, visto que ela não substitui os funcionários na tarefa de limpeza das áreas verdes, função principal deles. Quando há necessidade do maquinário para reparos em ruas, ele é alugado, durante o tempo necessário. Em 2022, o custo com o aluguel do equipamento, com operador, foi de R$ 188.221,80. Uma máquina nova custa aproximadamente R$ 476 mil, e geraria novos gastos, como manutenção, combustível e contratação de operador.
Outras possibilidades envolveriam o encerramento do contrato de transporte coletivo, que representa R$ 372 mil ao ano, e o de coleta de lixo nas áreas não pavimentadas, que representa outros R$ 232.877,65. Estes são os contratos mais altos pagos, atualmente, mas que, se cortados, representarão mudanças profundas para muitos condôminos. Por exemplo, com o corte do transporte, a disponibilidade de trabalhadores no condomínio tende a ser muito afetada. Todos aqueles que dependem do transporte terão que buscar outros meios.
Em relação ao lixo, apesar do SLU ter assumido a coleta em nosso condomínio, e também ter contratado uma cooperativa para realizar a coleta de recicláveis, na prática, as dificuldades enfrentadas pelos caminhões nas áreas não pavimentadas vêm fazendo com que elas não sejam atendidas. Muitas foram as reuniões com a Administração Regional e representantes do Serviço de Limpeza Urbana em busca de soluções, e terminamos por ter que contratar uma cooperativa para o recolhimento do lixo orgânico e rejeitos, a fim de garantir a coleta nos dias certos, sem acúmulo.
Portanto, há sim, como economizar e deixar a execução financeira um pouco mais confortável. No entanto, são cortes que, se realizados, trarão novas obrigações e, consequentemente, alguns desconfortos aos condôminos, e estes precisam estar muito conscientes das decisões tomadas.
Nossa Assembleia Geral Ordinária ocorrerá em 18 de março, conforme determinação da Convenção. Verifique seu acesso ao aplicativo, e se existe alguma cobrança em aberto, que possa bloquear seu voto.
Até a data de realização da assembleia, serão apresentadas todas as informações sobre os itens que serão votados, como os relatórios de atividades, financeiro e demais informações que façam parte da prestação de contas. Também serão disponibilizados manuais de instalação e acesso ao aplicativo, e informativos, explicando os itens que serão votados, ou respondendo às perguntas de moradores.
Participe! As decisões tomadas na nossa Assembleia Geral Ordinária afetarão diretamente o dia a dia do condomínio e a administração do nosso patrimônio! Prepare-se para tomar decisões bem fundamentadas, baseadas na realidade, e não em informações irreais. Mantenha-se informado por meio dos canais oficiais de comunicação do condomínio, como a Lista de Transmissão no Whatsapp (envie mensagem para 61 9 9931-2241 e solicite sua inclusão, informando seu nome e unidade), o aplicativo Área do Condômino, e a página que reunirá todas as informações sobre a AGO, ceqa.com.br/ago2023.